O governo português fechou acordo para comprar a participação indireta de David Neeleman na TAP como parte de um plano para fazer um empréstimo de emergência para salvar a companhia aérea. “Isso nos permite desbloquear o empréstimo e evitar a falência de uma empresa que é essencial para o país”, disse o ministro das Finanças, João Leão, coletiva à imprensa em Lisboa na quinta-feira à noite. Como outras companhias aéreas, a TAP teve de interromper a maior parte das suas operações por causa da pandemia do coronavírus. A Comissão Europeia já aprovara um empréstimo de emergência de 1,2 bilhão de euros (US$ 1,3 bilhão) para ajudar a empresa a fazer frente às necessidades de liquidez imediatas.

Segundo o secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz, o governo aumentará de 50% para 72,5% sua participação na TAP, que tem sede em Lisboa. Ele disse que o governo pagará um total de 55 milhões de euros como parte do acordo, o que inclui a compra de direitos econômicos e de voto na empresa. A companhia aérea brasileira Azul também abrirá mão do direito de converter certos bônus.

Hoje o empresário Neeleman e o investidor português Humberto Pedrosa são proprietários de 45% da TAP conjuntamente, por meio do consórcio Atlantic Gateway. Pedrosa continuará como acionista da TAP, com uma participação de 22,5%, e os trabalhadores da companhia aérea manterão seus 5%.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, disse em 10 de junho que o empréstimo de emergência tinha várias condições que precisavam ser aprovadas pelos acionistas privados da TAP antes de que pudesse ser concretizado. O governo já anunciara antes que poderia nacionalizar a TAP se os acionistas privados não chegassem a um acordo. Agora ele buscará um novo executivo-chefe para a TAP, disse Santos na quinta-feira.

 

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