Os chocolates belga e suíço são um grande calo na vida de Ernesto Ary Neugebauer. Os dois países europeus não são produtores de cacau, mas a fama construída com boas técnicas e equipamentos de ponta correu o mundo na carona de marcas como Callebaut e Lindt – e esses nomes viraram sinônimo de chocolate.
Daí que para mostrar que o Brasil pode fazer um chocolate à altura em escala, com equipamentos europeus e cacau finode origem nacional, que custa em torno do dobro do valor do commodity, Neugebauer resolveu não se aposentar. Aos 62 anos e após uma vida dedicada à indústria do chocolate, ele começa uma empresa do zero e lança a marca Danke.
Sem lojas próprias, as barras devem começar a ganhar gôndolas de supermercados e empórios do País em meados de agosto, a começar pelo Empório Santa Maria, em São Paulo. Sua ideia é chegar não só ao consumidor iniciado em chocolates premium , que só compra de pequenas boutiques, mas também atingir o público médio brasileiro que nas gôndolas consome normalmente… Lindt.
“Por que temos de falar tanto em chocolate belga ou suíço? Por que não fazemos no Brasil? Na época da Harald, eu não aguentava mais ouvir falar disso. Deixamos as portas da qualidade escancaradas (para os produtos importados)”, conta ele, que encerrou no último mês de junho sua participação formal na gestão da Harald.
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