As ações da Paranapanema operavam em queda de 7,25%, às 11h39, após passarem por leilão depois que o banco Scotiabank ajuizar um pedido de falência da companhia.
O banco canadense, com um crédito a receber cerca de R$ 174,4 milhões, entrou com pedido de falência ontem na 1ª vara Regional Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem da 1ª Região Administrativa Judiciária do Estado de São Paulo, conforme reportagem do Valor.
Em comunicado enviado ao mercado, a Paranapanema disse que não foi formalmente notificada sobre o pedido e que as negociações com credores prosseguem.
A Paranapanema encerrou o terceiro trimestre com patrimônio líquido negativo (passivo a descoberto) de R$ 357,4 milhões e capital circulante líquido negativo (dívida de curto prazo maior que ativos) de R$ 2,26 bilhões.
Nas demonstrações financeiros do período, os auditores externos enfatizam “a existência de circunstância que pode levantar dúvida significativa sobre sua continuidade operacional”.
Isso porque, além da situação patrimonial e financeira da companhia, haveria incertezas sobre o êxito na renegociação das condições da dívida, “notadamente o alinhamento entre os fluxos de pagamentos do principal e juros com a geração de caixa”.
Na nota, os auditores da PwC ressaltam que desde o primeiro trimestre deste ano a Paranapanema começou a negociar com credores, essencialmente os que participaram de uma renegociação em 2017, para alinhar as condições da dívida com a geração de caixa.
No contexto desse realinhamento, a Paranapanema não efetuou os pagamentos de principal e juros previstos para os meses de março a setembro, o que, de acordo com os termos da renegociação de 2017, gerou o não cumprimento de cláusula referente ao prazo de pagamento, dizem os auditores.
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