O dólar comercial fechou nesta terça-feira em queda de 1,12%, cotado a R$ 4,9661. Os investidores reagem à publicação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada, mostrando que o órgão avaliou a possibilidade de acelerar a alta dos juros.

O dólar comercial fechou nesta terça-feira em queda de 1,12%, cotado a R$ 4,9661. Foi a primeira vez desde 10 de junho de 2020 que a moeda americana fechou abaixo de R$ 5.

Os investidores reagem à publicação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada, mostrando que o órgão avaliou a possibilidade de acelerar a alta dos juros.

A notícia fez diversas casas de análise e bancos passarem a contar com um novo aumento na Selic de 1% na próxima reunião, em agosto, acima dos 0,75% adicionais que o Banco Central já sinalizou.

O Ibovespa, enquanto isso, opera em queda nesta terça-feira, cotado próximo dos 128 mil pontos.

Possibilidade de alta maior em aberto

Na ata publicada hoje, o Copom reconheceu que foi debatida uma redução “mais tempestiva” dos estímulos já no último encontro do colegiado — ou seja, a perspectiva de uma elevação de 1 ponto da Selic estava na pauta de discussões.

O comitê também expôs que, sem mudança nos condicionantes de inflação, “elevações de juros subsequentes, sem interrupção, até o patamar considerado neutro implicam projeções em torno da meta de inflação no horizonte relevante”, reforçando que este é o seu plano de voo no momento.

Para a próxima reunião, em agosto, enxerga continuação da alta de juros, com a mesma dose de 0,75 ponto, mas deixa em aberto a possibilidade de elevação maior.

“Avalio que o mercado passou a dar uma chance ainda maior de alta de 1 ponto da Selic no próximo Copom só porque a ata mostrou que essa possibilidade foi aventada na última reunião. De toda forma, acho que o Banco Central tem falhado em pilotar o mercado, e tem ido muito mais a reboque dele”, diz um economista-chefe de uma gestora, que prefere não ser identificado.

Para este economista, o Copom manteve o plano de voo de elevar em 0,75 ponto a taxa básica no encontro de agosto, mas apenas mostrou que o “sarrafo está mais baixo” para apressar o passo do ritmo de alta de juros.

“O 1 ponto de alta não está garantido, mas visivelmente o mercado não está com isso. A precificação da curva dá chance majoritária para um movimento desse tipo, a curva curta está pressionada e o dólar recuando”, aponta o profissional, que avalia que o BC não pode “entrar na onda” dos agentes financeiros e exagerar na elevação da Selic.

Saiba mais através do site: https://valorinveste.globo.com/mercados/moedas-e-juros/noticia/2021/06/22/dolar-comercial-fecha-abaixo-de-r-5-pela-primeira-vez-desde-junho-de-2020.ghtml

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