O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira (5) elevar a Selic em 0,75 ponto percentual, para 3,50% ao ano, na segunda alta seguida de juros, e sinalizou uma nova alta da mesma magnitude em sua próxima reunião, em junho.
A decisão desta quarta seguiu o que esperava a maior parte dos analistas, principalmente após o Banco Central ter indicado na decisão anterior que previa uma alta desta magnitude agora.
Analistas avaliam que este ciclo de alta de juros é uma estratégia do BC para controlar as perspectivas inflacionárias e evitar que as projeções para 2022 subam. Diante disso, há quem defenda que a autoridade monetária devesse ser ainda mais incisiva ao elevar a Selic.
O país tem sofrido uma escalada da inflação, sob a pressão da alta de preços de commodities e de combustíveis, mesmo em meio à intensificação das medidas de restrição devido ao recrudescimento da pandemia de Covid-19.
O IPCA superou os 6% nos 12 meses até março, acima do teto da meta deste ano, que é de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos. Expectativa do mercado é que a inflação feche o ano em 5,04%, segundo a mais recente pesquisa Focus do BC.
Para 2022, horizonte em que está agora focada a política monetária, as expectativas do mercado apontam para uma inflação de 3,61%, acima da meta central para o período, que é de 3,5%, também sujeita à margem de tolerância.
Ao elevar os juros em março, o BC anunciou estar dando início a um processo de “normalização parcial” da política monetária, indicando a intenção de ainda manter um estímulo à economia, com os juros abaixo do patamar considerado neutro (6,5%, segundo cenário básico citado pelo BC no mês passado).
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